quando
inventaram de inventar a pós modernidade
e
decidiram que a sós viveria o homem
logo
foi dito que tudo era líquido sem doce
feito
apenas de começo e fim, sem meio para durar
um
punhado de lembranças diversas
que
não valem a pena lembrar
inventei
de inventar que sou teimoso
feito
no efêmero me fiz sem pressa
na
chuva incansável do líquido que é o mundo
me
cobri de espaços e abri os braços
para
que pudesse nos conter e contive
aqueles
seus olhos sobre mim
mas
se parece que nada é eterno mesmo enquanto dure
e
a liquidez nas mãos ninguém guarda
me
fiz de mar e você se fez de lar
e
a gente se mora, se h(á mar)
Pablo
Vinícius de Oliveira
02/11/2015