sexta-feira, 25 de abril de 2014

Soneto do que será

Vou encontrar meu alento nos teus braços
Ver minhas mãos contornarem teus traços
Ter os meus olhos a olharem os teus
Ter tuas mãos por entre os cabelos meus

E quando descansar sobre teu peito
O aconchego que falta quando deito
Nas tardes de frio e chuva sozinho
Sentirei na pele com o teu carinho

Pra isso é preciso que eu tenha mais
Um pouco de Vinicius de Moraes
E em nós exista um mútuo querer

E quando nossos corpos se tocarem
Será hora dos passados se calarem
Não haverá início, fim, só eu e você.


Pablo Vinícius de Oliveira
25/04/2014

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Rascunho de uma carta de amor

Escreverei uma carta de amor
Quero sair da moda
Vou escrever para dizer
Que naquela hora que paro
Que penso sobre a vida
Naqueles sonhos acordados
Eu estou pensando em você

Escreverei de inicio:
Menininha, é substancial que exista
Para que persista em mim
Essa beleza toda que me cerca
Quando penso em você comigo
E que eu não pense no perigo
Ou em qualquer coisa que me amedronte

Lá pelo meio eu direi:
Não está fácil essa vida de distância
Essa coisa de não saber quando vou te ver
Se pelo menos irei
Na verdade de você eu nada sei
E assim, como faço planos?
Mas faço, pois o amor não tem lógica

Depois de tudo isso
Não há mais muita coisa pra escrever
Mesmo que meu peito não tenha espaço
Para tantas palavras não ditas
Sendo assim, só uma coisa te digo
Só peço que fique
Comigo.

Pablo Vinícius de Oliveira
24/04/2014

terça-feira, 15 de abril de 2014

Rabiscos III

Se o meu amor não me liberta
Dele eu não quero
Nem um cigarro.

Pablo Vinicius de Oliveira
15/04/2014

Da livre vontade de transgredir muros II

Caminho para ver passar o tempo
Mas desejaria mesmo que o dia durasse mais
Sou livre para dizer que sou assim
E do jeito que sou esse tempo é curto

Eu sei que as coisas não são como penso
Tento viver sem tantas definições
Disso tudo eu só sei que vivo
E isso já me é o bastante

Que os muros não me cerquem
Que eu salte sobre os que tentam me impedir
Bicho solto no mundo
Meu mundo, livre de prisão.

Deixe-me ser livre
Amar sem medida
Voar sem rumo e sem volta certa
Não quero suas amarras e suas ordens

Sou senhor de mim
De tantos que sou, eu me controlo
Eu que digo não ou sim
Eu faço meu destino

Se vem, venha para somar
Para ser livre
Como é o vento
Como é a poesia e como é o amor.


Pablo Vinícius de Oliveira
15/04/2014

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Mais um poema Clichê para um amor de sempre

Ando meio desencontrado
Perdido em devaneio

Porém na pele do teu seio
Minha sensibilidade habita

Dentro de mim tua falta grita
E a tua ausência me cala

Teu corpo é quarto, cozinha e sala
Para onde o meu quer fazer mudança

Tua boca é música e a minha é dança
Existem sozinhas, contudo melhor juntas

Das certezas só me restaram perguntas
“Por que não eu?” Procuro saber

 Nas noites que durmo ao amanhecer.
(sem mim e sem você).


Pablo Vinicius de Oliveira
11/04/2014

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Sobre o tempo e o que nele passa

Comemorar aniversario
É mentir diante do tempo
E as paredes só gravam
Aquilo que a gente não disse
Entre o dito e o interdito
Qual matéria existe?
E entre o tempo e o agora
O que ainda resiste?
E se não fosse a palavra
O que seria da vida?
Se não posso expressar
Aquilo que calo
E se não fosse palavra
O que seria o que calo?
E se calasse, o que seria sentir?
Diante do tempo o que seria eu?
O que seria eu se não o eterno descobrir?
O que seria o tempo se não o eterno reviver?



Bruno Costa
Pablo Vinícius de Oliveira
09/04/2014

terça-feira, 8 de abril de 2014

Dos amigos para mim

Não sei o que dizer, nem muito menos o que desejar
Não faço ideia do que pensar nem do que você venha a precisar
Gostaria de saber o que você quer, o que você pretende
Só quero saber o que você deseja e tudo aquilo que te compreende

Então, por mais simples que seja
Por mais impossível que possa parecer
Eu te desejo nunca parar de sonhar
Eu te desejo sempre ter alguém com quem conversar

Se eu fosse uma estrela cadente
Realizaria teus pedidos
Se ao menos pudesse realizar desejos
Eu te desejaria o mundo, eu te daria o teu tudo

Como não passo de uma mera mortal
Te dou aquilo que tenho de mais real
Te dou, sem ambiguidades
a minha amizade.

Lorenna Marques
08/04/2014
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D'amizade - te Vi 

Quero ouvir
de um carente olhar

o desejo incessante
para navegar

Se tudo funila-se
em direção à morte
que morra junto
ao teu mais nobre
querido amigo

Visto das duas vias
Andamos sem rumo

Feito substâncias
perdidas no mundo

Querendo encontrar
a felicidade em estar
convivendo cercado
pelo amor transbordado.

Lucas Alves
08/04/2014



*À vocês eu só tenho que agradecer o carinho comigo, o melhor presente é ter bons amigos e vocês fazem parte disso. Obrigado.



segunda-feira, 7 de abril de 2014

Da livre vontade de transgredir muros

De amor eu não quero outra
Mas você quer ser solta
E eu não quero te prender

Quero dizer no teu ouvido
Coisas que ouço do destino
Que me diz que podemos ser um

Tudo que digo é pouco
Tenha visto ser você muito mais

Se do amor não tive paz
Das suas mãos
Toda guerra emana

Meu corpo é chama
E te chama agora
Para não sermos instante

Para sermos futuro
Pois presente é muro
Que me separa de você.


Pablo Vinícius de Oliveira
06/04/2014

Rabiscos II

Que eu não gaste bons versos
Com poemas ruins
Que não estrague musicas de sexta
Com alguns amores de segunda.


Pablo Vinícius de Oliveira
10/02/2014

domingo, 6 de abril de 2014

Do dia 5 para eu mesmo

Meu coração tem pressa
É presa fácil
De uma vida que não caça
Desfaça, engana, e destrói

Eu só tenho falta de certeza
Tudo é duvida e vontade
Todo segundo que se passa
 É uma quase morte

Talvez eu esteja indo bem
Lembro-me das pessoas que estão comigo
E daquelas por quem meu coração tem afago

Todavia, há um caos
Dizem que é dele que nasce a ordem
Mas perceba, eu não quero ordem
Eu quero caminhar nesta loucura
Sem estar só

É fácil entender o pacto
Mas ninguém respeita nada
Sentimentos são como papeis amassados
E do meu, eu cuido
Como cuido dos meus livros

Mas livros que não são lidos
Não me servem...


Pablo Vinícius de Oliveira
05/04/2014

sábado, 5 de abril de 2014

Sob a melancolia do dia

Estou triste
E não tenho cabeça para isso
Não tem novos poemas
Porque eu já não sei
Porque tudo o que eu tenho
É duvida

O amor foi tomado pela duvida
O amor se tornou razão

Toda melancolia
É a falta de algo que valha a pena
Que me faça ouvir Chico,
Caetanear, chorar e sonhar
Que mereça ser poema

Qualquer coisa que me faça dar o primeiro passo
Ou ir mais além

Eu saio por aí
Talvez por aí seja o meu lugar
E eu não seja de qualquer lugar
Como não sou de qualquer coração.

Pablo Vinicius de Oliveira
Lucas Alves


05/04/2014

Estanque do nascituro

Tentar amar é abortar a si
É abortar o amor
Pois se amo, já sou
Mesmo assim
Ignoro a experiência
E vivo na tristeza
De encontrar a verdade
Num mundo de mentiras
Brincando com palavras
Escrevo
Sem motivo
E sem efeito
Meus sentimentos.

Lucas Alves
Pablo Vinícius de Oliveira
05/04/2014

Rabiscos de fim de noite


Ditadura Nunca Mais.
Para que nunca se esqueça, para que nunca mais aconteça.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Que fale em mim

Eu poderia estar dormindo
Entretanto há uma poesia para ser dita
Para ser escrita
Para se fazer presente no universo

Aliviando em cada verso
A angustia injusta
Que nasce e vive
Ocupando este corpo
E esta mente, velha e cansada.

Não vou dormir
Existe uma poesia que quer falar
Todo instante há uma poesia
No viaduto, no poste, no muro
Na sela, na sala, na mala
Nela, em mim
Existe uma poesia e ela quer falar.


Pablo Vinícius de Oliveira
02/04/2014