Todo o calor do asfalto
Os carros que passam aos nossos pés
Tentando exceder à velocidade da luz
Olho os prédios enormes
Já se foi o tempo de simplicidade
Diante de toda essa modernidade
Da pressa excessiva
Não há lugar para sentimentos
Às vezes acho ser impossível
Dar dois passos para longe do abismo
Tento segurar algo nas mãos
Mas tudo escorre por entre meus dedos
Arrisco alguns passos nas ruas
Já não existe mais segurança
O que existe de firme é o concreto dos arranha-céus
Por trás daquela janela eu te vejo
E vejo que ainda há esperanças para o amor
Só assim eu caminho tranquilo.
Pablo Vinícius de Oliveira
16/06/2014