Eu sento à mesa e
chamo o garçom,
Hoje eu só quero
esquecer-me do tempo.
Mas desejo lembrar
do que foi bom.
No segundo copo
olhos me fitam,
Tento encara-los,
mas eles me fogem.
Eu só vejo os seus
cabelos que surgem,
Tento segui-la, mas
meus pés hesitam.
E ela passa como o
tempo passa,
E o tempo para
pr’eu lhe admirar.
Fico a noite toda
até que o dia nasça
Embriagado à mesa a
pensar:
Como tão bela é
esta criatura,
Que passa e olha e eu perco a postura.
Pablo Vinícius de Oliveira
28/03/2014