sexta-feira, 28 de março de 2014

Soneto de sábado no bar

Eu sento à mesa e chamo o garçom,
Hoje eu só quero esquecer-me do tempo.
Na vida, de culpa não fui isento,
Mas desejo lembrar do que foi bom.

No segundo copo olhos me fitam,
Tento encara-los, mas eles me fogem.
Eu só vejo os seus cabelos que surgem,
Tento segui-la, mas meus pés hesitam.

E ela passa como o tempo passa,
E o tempo para pr’eu lhe admirar.
Fico a noite toda até que o dia nasça

Embriagado à mesa a pensar:
Como tão bela é esta criatura,
Que passa e olha e eu perco a postura.

Pablo Vinícius de Oliveira
28/03/2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário