terça-feira, 27 de janeiro de 2015

[Sem Título]

O meu problema em te levar pra casa
Poderia ter sido o sujo na cama
As marcas dos teus dedos no espelho
O teu cheiro na minha camisa emprestada
Ou a louça suja que deixei para o outro dia

O pior é tua lembrança
Tudo isso a gente lava e seca e fica novo
A lembrança não se lava com sabão.
Pablo Vinícius de Oliveira
Ana Mendes
26/01/2015

Rabiscos XLI

Mesmo de luz apagada
e sem os meus óculos
leria teus lábios
como quem domina 
tua língua.
Pablo Vinícius de Oliveira
25/01/2015

Rabiscos XL

Alimento minhas paixões
com migalhas...

do que sobrou de mim.

Pablo Vinícius de Oliveira
24/01/2015

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Na pele

De olhos para o céu, sob o zodíaco
Eu permaneço

Penso em libra
Como razão e amor

Céu, pele na qual encontro meu astro

Na escuridão do silêncio sobre mim
Pontos de luz piscam e cortam o espaço

Só teu sorriso me ilumina.


Pablo Vinícius de Oliveira 
18/01/2015

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

[Sem Titulo]

Sento-me aqui diante dos meus escritos
Folhas soltas, cadernos sujos e palavras
Livros por todos os lados da mesa
Uma caneta presa numa mão desacompanhada

A caneta não desenha mais nem o contorno dos meus dedos
Quanto mais desenhar estas palavras que me entalam

As palavras não querem se calar no papel
Querem falar aos ouvidos de quem as provoca


Pablo Vinícius de Oliveira
07/01/2015

domingo, 4 de janeiro de 2015

[Sem Título]

Foto: Pablo Vinícius de Oliveira


há mar em todas as suas formas de existir, de ler e interpretar
há mar entre ondas, das diversas cores que se façam
há mar entre o céu e a terra
há mar

Pablo Vinícius de Oliveira
03/01/2015