Tomo mais um gole
Uma e outra garrafa
Já perco a noção do perdido
E já me esqueço das tristezas
Cada minuto
Um a mais, outro a menos
Ela não dá trégua
Quando mais vivo, mais morro
Mais uma garrafa
Para esquecer que perdi a hora
A cabeça, a
esperança
Que perco toda noite o sono
Perco todos os amores
Com eles vivo de ponta cabeça
Um novo, e mais uma desilusão
Morro todo dia
Poeta de calçada
Dos bares e das cachaças
Da porta dos fundos
Das ondas do mar
Dos amores sem sentido
Dos poemas sem ouvidos
Sendo só amor e poesia
Quero morrer todo dia de amor
Morrer poesia
E nascer poeta.
Pablo Vinicius de Oliveira
08/08/2014
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