quinta-feira, 25 de junho de 2015

São Paulo II

qualquer caminho que eu faça
linha azul em direção a praza da sé
São Bernardo/Jabaquara
sempre acho um caminho triste
quase tudo existe no asfalto da cidade
mas não são teus braços que me esperam
no fim das linhas cruzadas do metrô

a chuva que não molha
os prédios para os carros
ou mesmo as pessoas
que moram nas ruas
qualquer coisa acho
no concreto de Pão Paulo
mas não são qualquer coisa os teus olhos.
de noite de estrela
que me guardam a luz do dia
ou a pele pintada
de constelações e galáxias
onde ligo os pontos
com a ponta dos dedos

tudo aqui me leva para o nada
de nada em nada não vejo a hora
de voar de volta para tuas asas que me guardam


Pablo Vinícius de Oliveira
01/06/2015

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