domingo, 19 de janeiro de 2014

Apague a luz.


Nem toda imagem quer ser refletida
Ou pelo menos não deveria
Nem toda boca quer comida
No mínimo não só.

É muito claro que a vida
Não é tão obvia
E o que é tão obvio
Talvez não esteja tão claro

Nada aqui é justo
É no máximo adequado

Às vezes está claro demais
Tão claro que incomoda
E a gente deixa pra lá
Ignora, finge nem saber

Por não saber
Acendo mais a luz
Mas a única coisa que se quer
É, de fato, apaga-las
(nós dois).


Pablo Vinicius de Oliveira
 20-01-2014

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