Acabaram as férias
As festas do mês de junho
As fogueiras nos dias santos
O tempo passou voando
O tempo que não perdoa quem o perde
Eu não entendo nada do tempo
Eu não o tenho
Eu acho que o controlo
Mas não tenho um segundo sequer
E ainda insisto em dar tempo
Deve ser por isso que sempre perco
Pois não posso dar o que não é meu
As pessoas dizer que tudo tem seu tempo
Como eu posso não ter tempo para nada?
Me resta uma pergunta
Quando começa o tempo de nós?
Eu espero chegar o que ainda não tenho
A cada dia novo tormento
Não chega a hora, não tem tempo
Eu dou um tempo
Eu penso, eu me engano
Que tempo é esse que não chega
E se chega, não existe?
Talvez eu não deva confiar no tempo
Talvez não tenha momento
Talvez tudo seja agora.
Temo, apenas, ter perdido a hora.
Pablo Vinícius de Oliveira
15/07/2014
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