terça-feira, 5 de maio de 2015

O mar não descansa.

Há mar
e ele não tira folga
é um trabalhador sem férias
imensidão incansável
constante ir e vir

Teus olhos
são imensidão sem fim
são faróis a beira mar a brilhar
e chamam e direcionam
o meu olhar na tua
direção  

Se há mar
ele não cansa
me pega e balança
me joga de lá para cá
o barco em que navego
ancorei no teu sorriso
e fiz morada

foi nas tuas ondas
que perdi minha direção
na infinitude do mar dos teus olhos
eu mergulhei de antemão

não precisei voltar
de ninguém para ser salvo
e se o mar gigante não descansa
por que eu na minha insignificância
tiraria meus olhos do infinito
dos teus?


Pablo Vinícius de Oliveira
Albéria Claudino
25/04/2015

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