Nem perdido
nem achado
O amor emoldurado pelo tempo
Vidro cinzento
empoeirado
Na parede pintada de cal
Lembrança banal e
tímida
Última memória finda
Da dádiva do apaixonado
Para
que minha memória não falhe
E o amor em seu entalhe
Faça em
mim sua escultura
Pintei no peito, na mesma altura
De
outros privilegiados,
O amor, esse astuto
Pecado dos dias
modernos,
Para que tenha neste inferno
Um templo em seu
tributo